Magneto não conhece limites para suas ações de proteger a espécie mutante contra seus inimigos. Infelizmente, os seus poderes não são mais os mesmos e ele está prestes a ter certeza disso na pior hora. É o que nos contará o escritor Cullen Bunn e os desenhistas Javier Fernandez e Gabriel Hernandez Walta em Magneto #8 a #10, que pavimentam o caminho para o próximo grande evento da Casa das Ideias, Eixo, que trará novamente reunidos os Vingadores e os X-Men. Aqui, essas edições foram publicadas em X-Men Extra #21 e #22.
A SHIELD ( Superintendência Humana de Intervenção, Espionagem, Logística e Dissuasão) chegam ao último local onde Magneto foi visto. A organização caça o mutante há tempos, mas ele sempre se mantém um passo adiante. Os seus agentes procuram por vestígios e encontram dois Predadores X mortos, mas não antes de se alimentarem de um indivíduo injetado por MGH (Hormônio de Crescimento Mutante), obra de Magneto. Podemos presumir que a singular refeição não fez bem às criaturas. Um hacker da SHIELD encontra um laptop destruído, mas consegue extrair dele informações que os levarão a quem buscam.
Magneto consegue rastrear a origem do MGH até um laboratório obscuro qualquer, gerenciado por humanos. Eles não estavam despreparados para a sua visita e ordenam que os seus guardas injetem MGH em si mesmos. Eles se transformam em criaturas poderosas e seus patrões tentam dialogar com Magneto, mas este se mantém irredutível. As criaturas o atacam, ao mesmo tempo que a SHIELD empreende outro ataque pelo alto.
Magneto se vê em uma espécie de "fogo cruzado". Durante a confusão, ele sequestra o técnico responsável por fabricar o MGH e escapa do local. Ambos chegam a um laboratório preparado por Briar Raleigh, recém-aliada de Magneto, cujos objetivos pessoais nisso tudo permanecem incertos. "A Srta. Raleigh sugeriu que eu o deixasse vivo para produzir um soro à altura do Mestre do Magnetismo", ele diz a seu prisioneiro.
O seu próximo passo é invadir a nação insular de Genosha, que havia se tornado um abrigo seguro para os mutantes quando estava sob sua regência e que, após um ataque brutal de Sentinelas, tornou-se um túmulo coletivo para eles.
Magneto se esgueira pelo interior da ilha e percebe que ela se tornou um enorme campo de concentração mutante nas mãos de seu atual dirigente, o Caveira Vermelha. O mutante não consegue deixar de se lembrar de horrores parecidos que viveu durante a 2a Guerra Mundial, quando seus poderes mutantes eram bem mais modestos e era obrigado pelo Major Hitzig a jogar cadáveres nas fornalhas de Auschwitz. Em seguida, ele encontra um casal de mutantes nada dispostos a lutar pela sua liberdade. Contudo, eles o põem a par de que o Caveira roubou o cérebro de Charles Xavier para que todos cumpram cegamente as suas vontades.
Magneto se dirige de encontro ao Caveira, mas é surpreendido por um ataque por trás de sua guarda de elite, os S-Men, que são supervilões criados por ele e pelo geneticista Arnim Zola que nutrem um ódio mortal pelos mutantes devido a tragédias pessoais do passado causadas por alguns deles, inclusive Magneto. Este, com seus poderes enfraquecidos, não é páreo para eles e é facilmente subjugado e aprisionado.
O Caveira não perde a oportunidade de torturar seu oponente. Ele faz com que Magneto reviva momentos horríveis de seu passado, que se tornam ainda piores com a presença de seu algoz da juventude, o Major Hitzig. O mutante usa toda sua enorme força de vontade para escapar desta armadilha mental, mas não consegue.
Quando um dos S-Men, Mzee, está prestes a torturar Magneto fisicamente, ele é fortemente atingido por Wanda Maximoff, filha de Magneto, que está acompanhada de Vampira, com quem o mutante manteve um relacionamento amoroso. Junto a elas está Alex Summers, o líder dos Fabulosos Vingadores, esquadrão do qual elas fazem parte e que também tem contas a prestar com o vilão nazista. Eles o libertam de seu cativeiro e Magneto aproveita para morder um pequeno frasco enxertado sob sua pele, carregado de MGH. Finalmente, o Mestre do Magnetismo volta a sentir os seus poderes ao máximo.
Neste ponto da narrativa, as histórias do título de Magneto convergem com o de Fabulosos Vingadores e vocês podem acompanhar o dramático desenrolar dos próximos fatos aqui.
As histórias de Magneto continuam muito boas, com roteiro e arte funcionando muito bem. Este é um dos melhores títulos mutantes publicados atualmente, na minha opinião. Pareceu-me que Cullen Bunn teve de adaptar seu enredo para que ele se encaixe na trama de Eixo e o resultado ficou bom. Mas foi um pouco demais para mim um personagem da envergadura de Magneto apanhar de um personagem tão tosco como Mzee, uma espécie de avatar de um "deus tartaruga da vingança" do continente africano.
Não simpatizo com os S-Men em geral, mas isso não é culpa de Bunn, mas de Rick Remender, o responsável pelo evento do Eixo, que é um escritor que até aprecio mas acho que ele força um pouco a barra ao dar importância para personagens nada carismáticos como esses. Também não acho que Alex Summers tenha o carisma necessário para liderar um esquadrão que tem Thor, Wolverine e Capitão América entre suas fileiras, mas isso já é assunto pra outra ocasião.
As histórias de Magneto continuam muito boas, com roteiro e arte funcionando muito bem. Este é um dos melhores títulos mutantes publicados atualmente, na minha opinião. Pareceu-me que Cullen Bunn teve de adaptar seu enredo para que ele se encaixe na trama de Eixo e o resultado ficou bom. Mas foi um pouco demais para mim um personagem da envergadura de Magneto apanhar de um personagem tão tosco como Mzee, uma espécie de avatar de um "deus tartaruga da vingança" do continente africano.
Não simpatizo com os S-Men em geral, mas isso não é culpa de Bunn, mas de Rick Remender, o responsável pelo evento do Eixo, que é um escritor que até aprecio mas acho que ele força um pouco a barra ao dar importância para personagens nada carismáticos como esses. Também não acho que Alex Summers tenha o carisma necessário para liderar um esquadrão que tem Thor, Wolverine e Capitão América entre suas fileiras, mas isso já é assunto pra outra ocasião.
C@rlos