Todo mundo está chegando ao final de sua velha fase pra passar para o selo Nova Marvel e essa é a vez do baixinho canadense cruzar a fronteira. E como o melhor último autor do mutante já havia se despedido da revista mensal solo do mesmo já fazia algumas edições (Sim, estou falando de Aaron), a última história dessa revista coube ao aclamado, fabuloso e inovador... espera! Jeph Loeb!?
Sim. Jeph Loeb está de volta, depois de supostamente ter se despedido para assumir interinamente a parte de TV da Marvel, o roteirista resolveu matar a saudade de um dos últimos personagens que resolveu brincar e contar mais uma história bagunçada. Junto com ele, quem volta é o desenhista Simoni Bianchi, que é provavelmente a única coisa que devemos elogiar nesse arco.
Quem volta também (na verdade, já voltou) é o Dentes de Sabres. Ao aparecer sem muitas explicações algumas histórias atrás, Loeb entra em cena aqui para explicar como o personagem que ele mesmo matou voltou a vida. Por sinal, algo muito mal feito e pouco dramático que ele conduziu naquela época e que volta aqui. Pra resolver a questão, simplesmente Loeb apela pra uma coisa que já usaram no personagem – Clones. Se Sinistro já tinha usado isso antes, porque não o Loeb fazer o mesmo? Na verdade, quem não pensou que fosse um deles naquela época afinal?
Outro que volta é o maior arqui-inimigo mais meia boca que um herói já poderia ter. Romulus, criado por Loeb também naquela história, e que Daniel Way teve que enfiar na sua trama, não só escapa da dimensão negra do Manto, como ameaça ele e Adaga de morte (a dupla também volta aqui, ok?). Cabe a Wolverine resgatá-los e no meio do caminho descobrir um outro complexo do Arma X cheio de clones do Creed . Ele queria um super-exército de mutantes regenerativos?
A única novidade aqui é a nova personagem, Remus, uma ruiva pra lá de hardcore, mestiça de italiana com japonês e irmã de Romulus (Sim, igualzinho as lendas romanas). A bela além de aparecer para ajudar Wolverine a escapar dessa, começa a clarear uma história do passado (que pode ou não ser verdade) do Arma X. Primeiramente, ela volta com aquela ideia da “raça lupus”, desfazendo a maluquice anterior que o próprio Loeb criou anteriormente, e dizendo que na verdade Romulus queria era criar uma nova espécie de mutantes. Depois, choca Wolverine ao dizer que a ideia do projeto Arma X foi do próprio Logan, relatando que no passado todos foram um grupo só que invadiu o complexo com os planos de melhorar ainda mais a “arma letal” que era Wolverine.
Se é verdade ou não, isso fica nebuloso a história toda. O que importa é que Romulus quer seguir os mesmos passos de Logan e também ganhar ossos de adamantium. A frase em latim “Quod Sum Eris” toma um novo contexto aqui.
Então, um embate final entre os dois mais uma vez acontece. Dessa vez, Romulus tem garras de verdade (lembra que antigamente eram falsas??) e conta com a ajuda de Dentes de Sabre. Mas Logan não está também sozinho nessa. Conta com Remus, Adaga e o Manto que equilibram o jogo. No final, Dentes de Sabre resolve acabar tudo com uma bomba e foge. Romulus é preso na Balsa. E Wolverine aproveitar pra tirar uma casquinha com Remus numa praia qualquer.
E assim encerra-se a velha fase de Logan. Nada elogiável aqui (o melhor já tinha passado). Duas outras histórias escritas por Cullen Bunn acabaram ficando de fora e não serão publicadas no Brasil (mas eram irrelevantes). Pra fechar mesmo a edição, dois pequenos contos com o canadense que foram publicados em Wolverine: Switchback complementam a edição. A última história com uma fã do Wolverine é bem legalzinha por sinal. É o que mais vale nessa edição.
E na próxima, que leva a nova marca da editora no Brasil, não percam de jeito nenhum. Além de Paul Cornell assumir o título, voltamos com Wolverine e os X-Men de Jason Aaron e a primeira aparição da nova mutante brasileira da Marvel por aqui.
Coveiro