Norman Osborn não tem saída. Vislumbrando o mais do que previsível declínio de seu Reinado Sombrio, perdendo seus aliados mais poderosos, fracassando na eliminação de uma lista de oponentes vitais para o seu domínio, resta-lhe apenas uma medida desesperada e os conselhos do deus nórdico trapaça, Loki. A medida desesperada começa em O Cerco #1, quando, aconselhado pelo irmão de Thor a usar o ataque à cidade de Asgard como salvação de seu domínio, Norman cria uma catastrófica situação-limite como ocorreu no início da Guerra Civil para que mais uma vez seja visto como o salvador da pátria. Sob os roteiros do onipresente Brian Michael Bendis e belíssima arte de ninguém menos que Olivier Coipel, tudo começa com o bonachão Volstagg.
O mais fiel dos três guerreiros aliados a Thor é ludibriado, enganado ao apenas desejar ajudar os humanos como faz seu irmão de batalhas. Assim, é jogado no coração do Soldier Field, estádio do time de futebol Americano da NFL, Chicago Bears, lotado de espectadores. Lá é atacado sorrateiramente pelo grupo recrutado pelo Capuz, os U-Foes, que propositadamente usam força total contra o asgardiano.
Em um reflexo, sem pensar nas consequências, ele se defende, fazendo com que a energia liberada detonasse o estádio e matasse todos ali. O motivo está “criado”, Volstagg assustado com o resultado de seus atos, e os planos de Norman (ou seriam de Loki?) seguem como esperado.
Claramente perdendo o autocontrole, como temos visto ultimamente na revista Reinado Sombrio, Osborn ordena que Victoria Hand avise o presidente (com quem não tem mais paciência de falar) sobre os planos que seriam colocados em prática como retaliação ao incidente em Chicago. A invasão de Asgard mobilizará todos os seus Vingadores e membros da Iniciativa.
Não demora para Osborn se reunir com Ares, tanto para explicar o que precisa ser feito quanto para traçar um plano de ataque. Usando todos os artifícios possíveis, principalmente sua poderosa lábia, Norman convence o deus grego da guerra a atacar a cidade mítica afirmando que ela está sob poder de Loki, sem a proteção de Thor. É uma aposta séria que faz, já que Ares promete matá-lo caso esteja sendo enganado e forçado a combater os valorosos habitantes de Asgard.
Exercício semelhante de convencimento é feito em relação aos outros Vingadores Sombrios. Assim, Norman apela ao seu último recurso, prometendo total anistia após completarem a missão. Total controle sobre suas vidas, sem dívidas com o Estado americano ou com ele. A oferta é tentadora demais para que Venom, Rocha Lunar e Mercenário, devidamente travestidos como heróis, recusem. Daken não parece se opor, e muito menos o Sentinela, aliado fiel de Osborn.
Ares faz o que nasceu para fazer, o que é sua essência e próprio papel no mundo dos deuses e dos humanos. Um acalorado discurso para o exército que se prepara para o cerco de Asgard, levando aquele amplo grupo de desajustados ao que crê ser a vitória certa. Ao mesmo tempo, na Casa Branca, o presidente dos EUA percebe o mal que fez em manter Osborn no cargo.
Em Asgard, atualmente sobrevoando a região da cidade de Broxton, estado de Oklahoma, Loki manipula os fios de suas intrigas, e avisa a um ressaltado Balder sobre os planos dos mortais em retaliar o incidente do Soldier Field. Midgard ousa invadir a cidade dos deuses nórdicos, e o deus da trapaça posa de solícito e preocupado fiel súdito do atual rei.
Enquanto unidades de imprensa se instalam nas proximidades para transmitir tudo (um movimento calculado por Osborn), e Balder duvida da possibilidade de poder mortal ameaçá-los, um golpe inicial do mais perigoso oponente do lado de fora do cerco (o Sentinela) e uma impressionante combinação de super seres e forças militares do MARTELO lideradas pelo Patriota de Ferro se alinha no primeiro assalto.
Nem o apelo de Fandral a Ares parece o suficiente, e o mundo acompanha ao vivo um inferno criado quase que instantaneamente.
Na sala em que Tony Stark se recupera, em Broxton, o doutor Donald Blake, raiz mundana de Thor, é avisado por Maria Hill sobre o ataque. Deixando-o aos cuidados da ex-agente e ex-diretora da extinta SHIELD, ele parte apelando à divindade com a qual divide sua existência.
E assim, o primogênito do falecido Odin, assassino do próprio avô Bor, portador de direito do lendário Mjolnir e deus do trovão, aproxima-se, mesmo banido, da cidade trazida de volta à vida pelo seu próprio esforço para mais uma vez salvá-la. Mas só consegue ser violentamente contido pelo Sentinela.
Pior, combalido, assustado com tamanha ousadia e desorientado com o poderoso golpe, é quase incapacitado por uma segunda leva de ataques liderada pelo Patriota de Ferro. Como ele mesmo diz com sua voz robótica, ousa mais do que isso, pois diante das câmeras, em um movimento surpreendente e polêmico, coloca Thor desacordado no chão.
Longe dali, vendo as imagens pela TV, Steve Rogers usa seu uniforme de Capitão América e tem certeza que um irmão como Thor não será deixado para trás.
Norman Osborn pode ter derrubado um herói, um deus, mas ainda há muitos que esperavam justamente essa oportunidade para dar fim ao seu reinado nas próximas edições de O Cerco.
João
O mais fiel dos três guerreiros aliados a Thor é ludibriado, enganado ao apenas desejar ajudar os humanos como faz seu irmão de batalhas. Assim, é jogado no coração do Soldier Field, estádio do time de futebol Americano da NFL, Chicago Bears, lotado de espectadores. Lá é atacado sorrateiramente pelo grupo recrutado pelo Capuz, os U-Foes, que propositadamente usam força total contra o asgardiano.
Em um reflexo, sem pensar nas consequências, ele se defende, fazendo com que a energia liberada detonasse o estádio e matasse todos ali. O motivo está “criado”, Volstagg assustado com o resultado de seus atos, e os planos de Norman (ou seriam de Loki?) seguem como esperado.
Não demora para Osborn se reunir com Ares, tanto para explicar o que precisa ser feito quanto para traçar um plano de ataque. Usando todos os artifícios possíveis, principalmente sua poderosa lábia, Norman convence o deus grego da guerra a atacar a cidade mítica afirmando que ela está sob poder de Loki, sem a proteção de Thor. É uma aposta séria que faz, já que Ares promete matá-lo caso esteja sendo enganado e forçado a combater os valorosos habitantes de Asgard.
Ares faz o que nasceu para fazer, o que é sua essência e próprio papel no mundo dos deuses e dos humanos. Um acalorado discurso para o exército que se prepara para o cerco de Asgard, levando aquele amplo grupo de desajustados ao que crê ser a vitória certa. Ao mesmo tempo, na Casa Branca, o presidente dos EUA percebe o mal que fez em manter Osborn no cargo.
Em Asgard, atualmente sobrevoando a região da cidade de Broxton, estado de Oklahoma, Loki manipula os fios de suas intrigas, e avisa a um ressaltado Balder sobre os planos dos mortais em retaliar o incidente do Soldier Field. Midgard ousa invadir a cidade dos deuses nórdicos, e o deus da trapaça posa de solícito e preocupado fiel súdito do atual rei.
Enquanto unidades de imprensa se instalam nas proximidades para transmitir tudo (um movimento calculado por Osborn), e Balder duvida da possibilidade de poder mortal ameaçá-los, um golpe inicial do mais perigoso oponente do lado de fora do cerco (o Sentinela) e uma impressionante combinação de super seres e forças militares do MARTELO lideradas pelo Patriota de Ferro se alinha no primeiro assalto.
Na sala em que Tony Stark se recupera, em Broxton, o doutor Donald Blake, raiz mundana de Thor, é avisado por Maria Hill sobre o ataque. Deixando-o aos cuidados da ex-agente e ex-diretora da extinta SHIELD, ele parte apelando à divindade com a qual divide sua existência.
E assim, o primogênito do falecido Odin, assassino do próprio avô Bor, portador de direito do lendário Mjolnir e deus do trovão, aproxima-se, mesmo banido, da cidade trazida de volta à vida pelo seu próprio esforço para mais uma vez salvá-la. Mas só consegue ser violentamente contido pelo Sentinela.
João