Mais onipresente que Wolverine são os títulos com histórias do Homem de Ferro atualmente. Tem uma explicação: o que vemos agora nas revistas brasileiras é o que chegava nas edições americanas logo depois do segundo filme do Vingador Dourado. Dentre as muitas histórias (a maioria que revive ou reescreve momentos passados da vida de Tony Stark, já que no presente ele está em coma), surge a Homem de Ferro: O Legado, que está na sua terceira edição na revista daqui Homem de Ferro & Thor número 11.
A história e escrita por Fred Van Lente e desenhada por Steve Kurth. Somos transportados para uma fase da vida do personagem onde a identidade do herói ainda não é de conhecimento público, Tony Stark é apenas um empreendedor muito rico e famoso e tem sua fiel escudeira e secretária para ajudar a se safar de tudo, Pepper Pots. Estes novos títulos do “cabeça de lata” trazem uma mistura de universo Marvel que conhecemos e filme, numa espécie de releitura da vida do dono das indústrias Stark.
Nesse título, um ataque em uma pequena cidade chamada Trânsia no leste europeu chama a atenção do milionário e do mundo: o ataque é feito por armaduras semelhantes às primeiras do Homem de Ferro. Um genocídio de purificação étnica. O governo não quer se intrometer dada a situação complicada da política externa no local e manda Tony Stark ficar de fora disso. Mas, como sempre na história do personagem, ele não consegue deixar que sua tecnologia seja a causa de tanta atrocidade e parte como Homem de Ferro para lá.
Um modelo de vida artificial se passa por Tony nos Estados Unidos para que não desconfiem de sua identidade como Homem de Ferro e é esse MVA que recebe as acusações do senador Gyrich. “Tony-MVA” diz que não controla as ações de seu EMPREGADO, o Homem de Ferro. Eles o tapeiam, mas a farsa não deve durar muito. Na Trânsia, Stark luta contra as armaduras, mas acaba caindo em uma armadilha e é capturado já sem armadura pela milícia dos Zmaj que por sorte não o reconhecem e acabam revelando seus segredos: eles possuem uma lenda parecida com a de Tony Stark, onde contam que o deus ferreiro Svarog forjou um exército de Homens de Ferro para expulsar invasores turcos e, da mesma forma que Tony teve que criar uma arma para se libertar no passado, eles capturam cientistas ciganos dando o mesmo “incentivo” que o herói teve.
Em diversos momentos da história temos flashbacks (outra coisa em comum dos novos abundantes títulos do vingador) da vida de Anthony quando criança/adolescente e sua relação com seu pai e Jarvis.
Mas, voltando... Stark é revelado ser quem é aos Zmaj pelo deus ferreiro em pessoa. Porém, depois, ele descobre que o “deus” é fruto de um indutor de imagens usado por uma das prisioneiras muçulmanas: Dragana. Ela é uma cientista paraplégica que está sobrevivendo como pode, construindo coisas aos Zmajs. Ela não sabe dizer de onde vem todo o equipamento roubado de sua tecnologia, mas em plantas que ele encontra por lá consta que foram retirados das indústrias com autorização da codificação genética do próprio Tony Stark. Ele consegue se libertar com ajuda dela e nocautear os guardas, fugindo com equipamentos de vôo de raio repulsor que ela tinha.
Outro agravante é que, sem que Tony saiba, Dr. Destino está por traz da chacina toda, já que a Trânsia faz divisa com a Latvéria. É então que um de seus capangas, “cavaleiro do terror”, é enviado para capturar Stark para Doom. A luta é disputada, mas o protagonista vence usando a inteligência e o terreno cheio de minas ao seu redor. E, então, ele resolve agravar a situação já que não pode controlá-la, tentando chamar a atenção do resto do mundo. Sobre o cavalo voador do derrotado cavaleiro do terror, usando sua lança, ele causa uma explosão em um oleoduto chinês. A atenção da China com certeza ele tem e, em Pequim, um homem é convocado para a vingança. Não qualquer homem, não um homem comum, mas o Homem Radioativo.
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Cammy