Em meados de setembro/outubro, a Panini anunciou um lançamento especial que tinha tudo a ver com a data mais assustadora do mês de outubro, o dia das bruxas. Mas, devidos a problemas que todos os que leem essas mal traçadas linhas sabem, o especial saiu próximo ao natal.
Mas, no lugar de nos preocuparmos com tais detalhes, vamos fazer uma breve análise do especial voltado para os contos mais sombrios do Universo Marvel, que, apesar de todos os contratempos, provou-se ser uma revista muito interessante, ainda mais para os leitores da finada Marvel Max, como o presente escriba.
As histórias são:
O Lobisomen – Está no Sangue
A primeira e mais longa história do especial tem como objetivo contar as origens de Jack Russell, o famoso Lobisomem da Marvel. Quem leu a história teve a sensação de que se tratava de um universo paralelo ao 616, bem como não notamos nenhum elemento místico ou sobrenatural na história, sendo que as explicações para as “mutações” de Russel são "científicas". Mas mesmo assim, não deixa de ser uma boa pedida. A equipe artística responsável pelo trabalho é formada por Duane Swierczynski (roteirista de Cable) e Mico Suayan (Cavaleiro da Lua).
Garota do Interior
Mais uma história envolvendo Jack Russel. Mas, diversamente do que podemos esperar, o foco é uma garota que está tentando lidar com seus novos dons lupinos. Mas a maior ameaça está em um grupo de caçadores quer exterminar a raça dos licantropos. História da dupla platinada Mike Carey (X-Men Legado, Hellblazer) e Greg Land (Uncanny X-men).
Amor Fúnebre
E nem só de lupinos vive o especial de terror da Casa das Ideias. Há espaço para outras criaturas tão horripilantes quanto. Dessa vez, o momento é de Simon Garth, o Zumbi, que andou dando as caras em várias minis lançadas na saudosa Marvel Max. Aqui, o pobre zumbi está em busca de alguma companhia amorosa. História boba, mas não é tão ruim quanto possa parecer. Roteiro e arte de Ted McKeever.
Para Ser Um Monstro
A última história é um conto de terror do monstro criado pelo Dr. Frankenstein (o original, não aquela coisa imbecil de FrankenCastle). Aqui, cabe ao referido monstro cuidar de um padre que está repetindo as mesmas experiências de Victor Frankenstein. Arte e roteiro de Scott Young (Novos X-Men). Um adendo: Particularmente, gostei bastante dessa pequena história. A despeito das críticas em relação a arte de Young, seu traço aqui cai como uma luva para a história, me fazendo lembrar, em alguns momentos, da obra máxima de Mignola, o Hellboy.
Bom, é isso. De resto, parabenizo a Panini pela iniciativa e espero que o ano que vem lancem um vol. 2 desse especial, já que material não falta.
Rafael Felga
Em tempo: A Panini podia ter escolhido a arte de Rafael Grampá para ser a capa do especial, cuja capa encabeça o presente artigo. Bem melhor, não?